O Hospital São Lucas recebeu, no último sábado (12), o robô cirurgião Da Vinci X, que representa o que há de mais moderno e tecnológico na área médica. Com a aquisição, a Instituição toma frente e assume a vanguarda regional em inovação, estando alinhada aos grandes centros globais. O robô, que somando todos os carros, como são chamados os principais componentes, pesa cerca de uma tonelada e chegou ao Brasil de avião. A origem do produto é norte-americana e está inserido na linha de equipamentos que realizam procedimentos de alta complexidade minimamente invasivos. 

Segundo o diretor técnico-administrativo do hospital, Dr. Ildemar Marino Canto, a tecnologia proporciona uma recuperação muito melhor ao paciente.  “O robô permite uma precisão cirúrgica única. Nas patologias, como as neoplasias, ele vem associado a uma inteligência artificial, onde temos uma noção milimétrica de cada detalhe dos tecidos e dos órgãos. Da Vinci X facilita muito a vida para o cirurgião, dá segurança na mão e na realização dos procedimentos. Em reconstituições, como a da uretra, o robô evita fibroses, de modo que a recuperação atinge outros níveis, melhorando o pós-operatório”, explica.

O coordenador de Engenharia Clínica da Instituição, Maurício Antunes, destaca o corpo profissional que vai atuar com o equipamento. “Para a realização do primeiro procedimento vamos contar com colaboradores altamente capacitados, como uma técnica de enfermagem e uma enfermeira dedicadas a atuação em cirurgia robótica, equipe de engenharia clínica, e médicos que passaram por especialização técnica. Tudo isso para que cada atendimento seja executado da melhor maneira possível, pensando na saúde dos nossos pacientes”, diz. 

Luiz Rogério de Freitas, consultor técnico em tecnologia robótica do fabricante, comenta que o equipamento é de 4º geração, a última disponível no mercado, sendo o que há de melhor no Brasil. “O Da Vinci X consegue trazer de forma tecnológica todo o conforto e maior facilidade para que qualquer procedimento, desde os mais comuns até os mais complexos, sejam realizados”.

Além da realização das cirurgias, o robô e um simulador, serão usados em aulas do 6º ano do curso de Medicina do Centro Universitário FAG, em específico nas disciplinas de Clínica Cirúrgica e Cirurgia Geral. Também será incorporado a Residência Médica de Cirurgia Geral.

Tecnologia por todos os lados

O robô é uma das novidades do pacote que contempla o novo Centro Cirúrgico Dr. Francisco de Souza Rocha, recém-inaugurado, que saltou de 6 para 16 salas de cirurgia com capacidade de realizar procedimentos de alta complexidade e setor específico para realizar cirurgias de baixa complexidade, chamado de Hospital Dia. Também há aumento de leitos de recuperação, que saiu de sete para mais de 20 nos dois locais.

A equipe médica conta atualmente com um sistema informatizado e conectado com todo o hospital, ou seja, não será necessário levar resultados de exames de forma física. Os equipamentos permitem o acesso de todos os dados pré-cirúrgicos e durante o procedimento, em tempo real: histórico, sinais vitais, resultados de exames, enfim, isso tudo de forma ágil e eficaz que garantem segurança pela precisão das informações, com a contribuição de recursos multimídia em alta resolução.

As salas inteligentes são automatizadas e permitem a configuração prévia, por exemplo, de inclinação da mesa, iluminação, exibição de imagens de exames, dentre outros. Também é possível salvar as preferências de configuração de cada cirurgião para os próximos procedimentos.

Também há possibilidade de acoplar aparelhos para exames, como tomografias e ressonâncias, no mesmo ambiente da cirurgia, auxiliando nas decisões. "O maior benefício será ao paciente. Tecnologia e conhecimento humano somam-se para diminuir o tempo de cirurgia e concluí-la com o máximo de segurança. O intuito é dar condições às pessoas de inovações médicas", afirma o Dr. Ildemar.

O coordenador do Centro Cirúrgico, Dr. André Chagas, reflete sobre a importância de toda a integração prevista. "O hospital é um local de procedimentos que envolvem muitas complexidades, como em qualquer indústria. Na indústria da saúde nós aprendemos que essa complexidade tem que ser tanto na estrutura, quanto na equipe e nos equipamentos de ótima qualidade, que a instituição sempre se propôs a ter. O desafio é integrar essas três variáveis para que resulte no melhor atendimento ao nosso paciente, razão maior do nosso trabalho em saúde".